Ontem fui ao cinema com alguns amigos para assistir 'L'Apollonide' - Os Amores Da Casa De Tolerância. O filme é dirigido pelo diretor francês Bertrand Bonello e está disputando a Palma de Ourodo Festival de Cannes. 
Bonello reabre as portas do famoso prostíbulo parisiense L'Apollonide, que no início do século XX acabou fechando suas portas. Um retrato fiel que expressa muito bem as fantasias e desejos que os homens ia procurar nos prostíbulos de luxo daquela época. 
O mítico casarão conhecido como  "teatro de todos os fantasmas", abrigava cerca de uma duzia de prostitutas, dentre elas a "mulher que sempre ri", uma prostituta que foi brutalmente ferida por um severo cliente que estava "pagando" e queria ser atendido de sua maneira, digamos, cruel e particular. 
Li algumas coisas por aqui e fiquei sabendo que o diretor teve algumas inspirações interessantes para trabalhar no roteiro do filme, dentre elas a inspiração ao romance do Victor Hugo chamado 'O homem que ri', aonde um homem mutilado usa uma misteriosa mascara. Outras inspirações surgiram da arte e literatura francesa do século XIX, dentre elas as pinturas de Toulouse-Lautrec. Os arquivos policiais e estudos científicos também serviram para complementar sua sede de conhecimento daquele universo.
Com isso, o filme torna-se uma mescla de documentário e ficção, aonde o diretor afirma: "Em geral, os pintores e escritores desta época vão aos bordéis e dão o ponto de vista masculino sobre as prostitutas, mas o que me interessava era o olhar das mulheres sobre os homens que as visitavam. Quis mostrar a decadência, o inelutável fim desse mundo". 
No mais, apesar de ter achado o filme extremamente lento e repetitivo demais em algumas horas, vale pela fotografia, direção de arte, figurino e trilha sonora, tudo muito bem trabalhado. Em Belo Horizonte o filme está em estréia no Cinema Belas Artes nos horários 17:20 21:30.










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