Em meio ao caos do mundo, algumas pessoas se inspiram para criar trabalhos maravilhosos e impactantes, que nos fazem refletir e pensar sobre a real situação econômica daquele lugar. Assim são as fotografias de Sebastião Salgado. Conheci seu trabalho através de uma comunidade do orkut, e instantaneamente fui ficando maravilhado com suas fotografias, embora elas expressassem justamente o lado "salgado" da vida, como sofrimento e a dor, no fundo elas gritam por atenção, reflexão e ajuda.
Sebastião Ribeiro Salgado nasceu na cidade de Aimorés (MG) no dia 8 de fevereiro de 1944, estudou economia por aqui entre 1964 a 67, fez mestrado nos EUA e concluiu seu doutorado na Universidade de Paris em 1971. Sua estadia em Paris o levou a trabalhar em agências fotografias como a Sygma, Gamma e Magnum Photos. Seu trabalho em agências fotografias permeou até 1994, quando ele, ao lado da mulher, embarcaram-se a viagens pelo mundo para fotografar o que poucos fotografavam: a vida dos deserdados, dos miseráveis, dos necessitados e a situação gritante de pobreza e decadência daquele local.
Com esperança e vontade de mudar a situação de miséria e pobreza o fotografo afirma "Creio que toda a gente pode ajudar, não necessariamente dando bem materiais, mas também tomando parte do debate e preocupando-se pelo que sucede no mundo."
Seus trabalhos resultaram na publicação de 10 livros e várias exposições ao redor do mundo, o que lhe rendeu diversos prêmios ilustres de fotografia. Tornou-se um dos mais respeitados fotógrafos da atualidade, e foi nomeado representante especial do Fundo das Nações Unidas para a Infância – UNICEF, em 3 de abril de 2001.
Mesmo com o fim de suas expedições conhecidas como "Gênesis", que perdurou cerca de 7 anos, Salgado afirma que está preparando novas fotos com um novo olhar do mundo para serem expostas. Deixando um pouco de lado o seu pessimismo, Salgado agora mira sua visão para outra vertente da fotografia, a preservação da natureza e a vida na terra. Um olhar de esperança.
"Vinha num momento da minha vida em que tinha muito pouca esperança na sobrevivência da espécie. Havia terminado o trabalho Êxodos (sobre migrações de populações), e visto catástrofes, genocídios, coisas terríveis. Mas hoje tenho certeza de que podemos sobreviver se obedecermos a determinadas normas e mudarmos um pouco nosso comportamento – afirmou o famoso fotógrafo."
Quanto as suas exposições, seu único desejo, como é mesmo diz é: "Desejo que cada pessoa que entra numa das minhas exposições seja, ao sair, uma pessoa diferente." Confira agora, um pouco mais do talento e do trabalho de Sebastião Salgado, que faz da fotografia em preto e branco uma imagem forte, dramática e extremamente realista.
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