As pessoas estão gritando, as
coisas, as músicas, as lembranças, o passado, o presente, o futuro, as cidades,
o mundo, os planetas, todos estão gritando pelo amor. Cadê o amor que não se
encontra mais nas pessoas e nos pequenos prazeres? Venho aqui protestar, soltar
a voz do coração. Quero o amor como ama
o amor, segundo Fernando Pessoa; Eu quero o amor grande de Drummond que cabe
nesta janela sobre o mar... o amor grande que cabe no breve espaço de beijar.
Quero o amor que faz bem para a saúde, o amor correspondido, como escreveu Vinicius de Moraes. Quero medir centímetro por centímetro do amor, mesmo que no
final eu descubra, como Victor Hugo, que amor é amar sem medidas. Quero amar sem
ter que aceitar tudo, amar atentamente para que não veja a falta de amor, como
ensinou Vladimir Maiakóvski. Quero
desprender das rédeas de qualquer sofrimento e fazer como Guimarães Rosas,
amar, e amar mais, depois de ter amado.
Quero, de acordo com Oscar Wilde, amar e ter a consciência de que é recíproco,
para assim poder sentir o conforto e riqueza à vida que nada mais consegue
trazer. Enfim, falta amor, falta
sinceridade, falta reconhecimento da parte dos outros em saber valorizar bem
aquele tal amor, em saber tratá-lo, confortá-lo e preservá-lo. No final, queria
que cada um tivesse a clareza das palavras de Clarice Lispector; Amar os outros
é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e
às vezes receber amor em troca.
Em 2012, abra o seu coração e
viva com mais amor! :)
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